segunda-feira, 9 de maio de 2011

O que ficou visível



Anotações das improvisações, o que eu vi e um pouco do que acho que as outras pessoas também viram. O que ficou para mim do dia que improvisamos na passarela subterrânea.  Talvez pontos de partida para o trabalho pessoal de cada um:


Rebeca - Caminhadas - As pessoas, os transeuntes  como parte do espaço. Os seus  personagens. O cotidiano, a pluralidade de seus habitantes. A dimensão humana. O corpo ocupando aquele espaço.

Marília - As especificidades do espaço, o contrário, de cabeça-para-baixo e o de trás para frente. Gestos reconhecíveis. A ordem do espaço. A realidade e a imaginação.

Danilo - A profundidade, as linhas que cortam o espaço, o som, as direções do movimento, o espaço livre e as barreiras. Contenção/expansão. A especificidade concreta do espaço. O espaço no corpo.

Marcela - Os planos, o contexto, o corpo no espaço, o corpo em risco eminente no espaço. O que é usual e o que não é naquele espaço. A função do espaço.

P.A. - A abstração dos gestos feitos naquele lugar, o passado daquele lugar, os hábitos, questões de gênero. A contraversão do espaço público. A beleza. O paradoxo.

Claudinha - As histórias daquele lugar, as mesnagens e recados que deixam no espaço, os textos nas paredes, o que o espaço guarda daqueles que passam por lá. As sensações.

Bruna - As emoções daquele espaço. O medo. O frio e o calor. O claro e o escuro ou obscuro. As dimensões psicológicas daquele espaço. O que ele causa. O lugar que ele nos leva.

Lu - A  violência. A raiva contida. As marcas e  cicatrizes daquele espaço. O que aquele espaço revela da sociedade. O espaço como corpo.

A imagens é de Gabriel Marx (artista da cidade, que a Rebeca me contou e eu fui atrás....)

Um comentário:

  1. Gente, eu tava pensando umas coisas e vou compartilhar aqui com voces. Quando eu fui na passarela sozinho, minhas impressões mais fortes foram bem diferentes das impressões que a gente descreveu naquele exercicio la. Acho que sozinho a gente se encontra mais exposto, mais sucetivel às sensações, mais desprotegido... Percebi que sozinho naquele lugar, me sinto muito bem e muito mal ao mesmo tempo. Um duelo entre uma atração muito forte e um medo, uma fraqueza muito forte tb. Essa atração aparece junto com uma contemplação e um desejo de estar ali. Um desejo de ocupar aquele espaço que é lindo e é tão msterioso. Que encanta e ao mesmo tempo fede tanto. Que nos protege e a mesmo tempo é palco de perigo. Acho que atração é atração por essa contradição.
    A palavra é contradição.
    Como expressar isso corporalmente e performaticamente ainda é uma questão. To com algumas idéias que depois posso compartilhar.
    Enfim, é isso, so uma troca de ideias e do processo que passei com minha visita sozinho a passarela..
    Beijos a todos!

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