terça-feira, 14 de agosto de 2012

Luis Antonio - Gabriela

Engraçado, fiquei pensando o que muda no espetáculo dizer que é musical, dança ou teatro??? No espetáculo, nada! Muda o jeito de assistí-lo, talvez! ... Aí fui atrás de ver como classificam o Luis Antonio - Gabriela, e não encontrei falando que era um musical, encontrei uma classificação que compartilho: um documentário cênico! Pra mim, foi isso e, em sendo isso, os valores mudam, fica mais importante contar a história bem do que cantar bem as músicas, ou sei lá, muito louco né! Por isso acho que o espetáculo utilizou de elementos de musical para ser, na profundidade: um documentário. Mas, enfim, por que mesmo precisamos tanto classificar as coisas?...

Luis Antonio - Gabriela

Luis Antonio - Gabriela
  • Categoria: Peças
  • Gênero: Documentário cênico
  • Duração: 100 minutos
  • Direção: Nelson Baskerville
  • Elenco: Marcos Felipe, Sandra Modesto, Verônica Gentilin e outros
  • Censura: 16 anos

4 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Muito legal Marcelovsky!!!!! É verdade, né? Essa pergunta é muito bacana.... Parece que se não damos nomes, conceitos e definimos alguma coisa ela não existe, né? E sem dúvida isso muda como vemos, apreciamos e interpretamos as coisas... Um título, uma categorização, a fala de um crítico ou mesmo como um espetáculo é divulgado influencia diretamente nossa percepção, gera expectativas, estabelece paramêtros, e muitas vezes nem percebemos que isso tá acontecendo... Esse gênero mesmo, eu nunca tinha ouvido ou visto falar... Vc já viu algum outro documentário cênico? Deve ter sido uma invenção, uma vontade de nomear, categorizar o que eles, os produtores ou o festival, ou mesmo os artistas autores percebiam do trabalho que não encaixava nas categorizações existentes ... Acredito que essa tal coisa que eles percebiam era tão importante que eles quizeram dar o nome de documentário cênico para compartilhar com o público e tornar mais perceptíveis essas qualidades do trabalho!

      Excluir
  2. Outra coisa que continuei a pensar aqui com meus botões: vc disse que a classificação do espetáculo não muda o espetáculo.... mas será que se pensarmos que o espetáculo só acontece com a presença do público, e se isso é verdade, acontece justamente nesse espaço entre o espectador e o que está sendo apresentado, então a clssificação pode interferir nesse lugar e aí muda totalmente o espetáculo!!!!!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Nossa, acho que sim, Lu! É, o espetáculo mesmo, o acontecimento espetacular, acontece mesmo dentro das pessoas, então a classificação interfere se a gente permite que interfira! Se a gente muda a forma de ver a arte por causa da classificação, então o espetáculo dentro da gente muda também! Eu, mesma, não tenho controle... se me falarem: é um musical, automaticamente meu cérebro acessa a minha idéia de musical que vem das minhas experiencias relacionadas a musicais... então formula um conjunto de características que o meu olho vai querer identificar e assim, vou ver tudo por um específico filtro. às vezes, um filtro fininho, quase invisível e ás vezes um filtro grosso que até me impede de ver (isso rola quando tenho pré-conceito com algum artista).
      Acho também que "documentário cênico" foi uma invenção para classificar o trabalho. Nunca tinha visto um, mas no meu ponto de vista, acho que encaixa perfeitamente, foi isso que senti, até completaria: "documentário pessoal emotivo cênico"... kkkk

      Excluir