terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Extra, extra, extra de férias: Espetáculo de dança imperdível hoje, quarta-feira, dia 21/01 no CCBB e a entrada é gratuita!


Gente, mesmo de férias ainda eu não podia deixar de ajudar a divulgar a abertura da Mostra de Arte Sensorial e Inclusiva no CCBB em que nossa Aline Cardoso faz parte da produção! Hoje às 21h no CCBB, se dará o início do projeto com o espetáculo Corpo Sobre Tela de Marcos Abranches(SP). 





Centro Cultural Banco do Brasil em Brasília recebe entre os dias 21 e 26 de janeiro mostra que apresenta as diversas formas de apreciar a arte por meio dos sentidos.

A programação da mostra conta com 7 espetáculos, mesas e a exposição reengenharia dos sentidos. O evento será acessível em todas as atividades.

Hoje se apresenta no teatro do CCBB, Marcos Abranches com seu "Corpo sobre tela", trabalho que vem sendo muito bem recebido pela crítica especializada no País e fora do Brasil. Marcos é portador de paralisia cerebral, o que lhe dificulta a fala e o movimento. 

O espetáculo tem entrada franca e acontece as 21h, mediante a retirada de senha. Apresentação é única!!! Não haverá outras sessões.... Não percam!

Saiba mais:


CORPO SOBRE TELA





“Nossa sociedade, por falta de conhecimento, trata o deficiente como um coitado. Se eu fosse me basear nesse tipo de pensamento, não colocaria meus pés para fora de casa. No meu espaço, não há sofrimento.”

A afirmação é do bailarino e coreógrafo paulistano Marcos Abranches, 36, que tem paralisia cerebral em decorrência do parto. Ele nasceu prematuro, aos 6 meses e 20 dias de gestação.

Aos oito anos, começou a andar, depois de várias sessões de fisioterapia. Até hoje ele convive com incessantes espasmos, fala e caminha com dificuldade, mas tem o raciocínio perfeito -apesar do nome, a paralisia cerebral não afeta a parte cognitiva.

Ele conta, antes de iniciar o ensaio aberto de seu mais novo espetáculo, só ter se sentido seguro para andar sozinho na rua aos 16 anos.

“Corpo sobre Tela”, trabalho criado em parceria com Rogério Ortiz e baseado na obra do pintor irlandês Francis Bacon (1909-1992).




SINGULARIDADE


Em seu espetáculo, Abranches combina movimentos voluntários e involuntários a um potente trabalho de intérprete. Ele faz de seu corpo uma espécie de pincel e acaba por pintar com ele um quadro em cena.

O artista não economiza energia ao tratar de temas como autonomia e singularidade. Hoje, considera-se 90% curado. “São mínimas as coisas para as quais preciso de ajuda: fazer a barba, amarrar o sapato e cortar a comida.”

Coisas que não limitam suas criações.

“Tenho orgulho da minha deficiência, mas não uso isso em primeiro lugar na minha dança. Eu me entrego totalmente, mas antes de qualquer coisa vem meu coração e meu aprendizado”, diz.

Casado e pai de um filho de um ano, o artista afirma que dança pela família e para lutar pelo futuro de um país melhor, principalmente para as pessoas com deficiência.

“Quero ser um exemplo de coragem para quem usa a própria deficiência em busca de piedade.”



TRAJETÓRIA


Abranches conta que não gostava de ficar em casa e arrumou emprego em um lava-rápido, aos 18 anos.
Mas o que ele gostava mesmo de fazer era sair para assistir a espetáculos de dança, principalmente os do Balé da Cidade de São Paulo.

Em uma noite de estreia, conheceu o coreógrafo Sandro Borelli e trocaram contatos. Em poucos dias, Borelli o convidou para acompanhar os ensaios de “Senhor dos Anjos” (2001).

Logo depois, Abranches fez um teste para participar do espetáculo. Passou e entrou para o elenco.
Iniciada a vida nos palcos, ele teve aulas e trabalhou com os coreógrafos Marta Soares, Marcelo Bucoff, Jorge Garcia e com o americano Alito Alessi, um dos fundadores do Dance Ability, escola de movimento que integra, em cena, pessoas com e sem deficiência.

Abranches fundou o Grupo Vidança SP em 2005 e esteve em cartaz com “D…Equilíbrio”, “Formas de Ver” e “Via sem Regra” (apresentado também na Alemanha, na Deutsche Oper Berlin).

Além das experiências com diretores e coreógrafos brasileiros, ele trabalhou com criadores europeus, entre eles Gerda König e Christoph Schlingensief.

Marcos Abranches ensaia 'Corpo Sobre Tela', coreografia baseada em obra do pintor Francis Bacon


Marcos Abranches ensaia ‘Corpo Sobre Tela’, coreografia baseada em obra do pintor Francis Bacon

 Retirado do site:

http://usinadainclusao.com.br/blog/?p=1587




SERVIÇO:


http://www.masi.art.br/



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