domingo, 11 de novembro de 2012

Anotações dos colóquios de Andre Lepecki e Eleonora Fabião

Vamos compartilhar algumas frases, pensamentos, ideias, dúvidas e provocações?

Aqui vão algumas das minhas do colóquio de André lepecki  ( Notem que apesar de estar entre aspas não quer dizer que foi exatamente assi que André falou... traduzi em minhas próprias palavras e entendimento)
Isabela, Marcela, Danilo e Lud postem algumas das suas anotações.... Não anotei nada no da Eleonora porque estava sem papel e caneta....


"O Dramaturgista é uma espécie de memória externa."
"Dramaturgia do não saber... Trabalhar por aquilo que está por vir"

"Movimento é um conceito da modernidade,  o modernismo  buscava a purificação ( na pintura o pigmento, na dança o movimento."

"Um ato parado é uma resistência, é uma intensificação, não é um niilismo, não é uma desistência ( em relação aos trabalhos dos coreógrafos cujos trabalhos exploravam movimentos pequenos e o não-movimento e a suspensão do tempo)

"Há uma opressão do movimento. Estamos condenados ao movimento"
"O ser para o movimento é uma hegemonia"
"O entendimento do carro é teológico- o máximo da questão do ser para o mvoimento"

"Temos que exaurir o projeto modernista que nos exaure."

 "Qual o chão político do seu corpo?"

"Coreografia é a economia entre a feitura e o público"
  

Um comentário:

  1. "O ato parado é uma resistência cheia de intensidade. O movimento pequeno ou o não- movimento também tem intenção e é cheio de intensidade.Não é desistência"
    "O bailarino é condenado ao movimento"
    "Na teoria clássica a dança é a arte do movimento"
    Apenas depois a definição de dança está associada ao corpo. Como pensar a dança sem pensar o corpo?? O corpo é cheio de intencionalidades e é simbólico.
    Na sociedade em que vivemos, na vida acelerada de constante movimento, o movimento pequeno é um ato de "resistência".Para onde estamos indo? Vamos escutar nosso corpo e nossa memória esquecida.
    "Qual a dança que faz tropeçar?" Lepécki fala sobre a potencialidade do tropeço.
    Dançamos em um chão liso, neutro, estéril, ahistórico da modernidade.
    "Em que chão você dança?" lepécki me parece sugerir uma dança crítica do corpo colonizado. vamos dançar com as falhas, as rechaduras, os buracos do nosso chão (da nossa história de povo colonizado). Um chão de rachaduras gera um outro tipo de dança em que o corpo desequilibra e tropeça.

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